Nesta semana que chamam de "santa", a última que passou e todo mundo suou água com açúcar, pude visitar a minha querida Galeria do Rock. Hum!!! Antes de irmos, eu, minha namorada e um amigo que passou a semana em meu apartamento, procurei aquela camiseta surrada de banda, aquela bota de couro que transforma os dedos em amoras, dinheiro trocado para um café (antes era para bomberinho e cerveja mas...) e saí todo empolgado em direção ao que era meu refúgio nas tardes de sábado quando tinha meus 14 aninhos. A sensação estava de pura nostalgia, meus pensamentos tinham cheiro e sabor. Minha namorada empolgadíssima de tanto que já havia falado para ela sobre a Galeria do Roooooockkk... cara, animal!!! aham, desculpem-me.
Enfim, tudo estava maravilhoso até eu perceber que estava sentado no banco do meu carro. Ué? Péra aí!! Tem alguma coisa de errado. Nunca tinha ido para a galeria de carro, coisa óbvia! Mas não desanimei, meti um Sabbath no Cacareco (meu carro) e seguimos nosso destino. Detalhe, quem me ensinou o caminho até a galeria foi meu amigo que mora na Bahia, nasceu em Belém do Pára e viveu em São Paulo uns anos.
Não foi difícil chegar, cidade vazia, excelente companhia e cigarros. Difícil foi ter que desembolsar vinte pilas por 3 horas de passeio. A nostalgia foi passando a cada passo. Lojas diferentes, novas tribos, novas marcas, novos bonecos (que absurdo!) e de repente... tudo ruiu, quando vi, que o meu boteco preferido, virou uma hamburgueria!!!!
A Galeria do Rock, para mim, era um ponto de encontro que honrava seu nome... ROCK. Decepcionei-me na hora, mas passou quando percebi que, o primeiro cd que adquiri naquele lugar, o meu grande sonho de consumo na época, Paranoid do Black Sabbath, estava o mesmo preço de um hamburguer do meu estimado antigo buteco, R$ 8,80. Na época em que comprei este cd, ele deveria custar o dobro e mais uns 3 contos. Logo pensei, "cacete Leo!!! você já envelheceu o suficiente para poder perceber que o sonho não morreu cara, ele virou hamburguer"... e sempre vai virar alguma coisa.
Por sinal, o hamburguer era bom mesmo, recomendo. Terceiro piso. E uma coisa que gostei de ver na Galeria também, o respeito entre os frequentadores, pelo menos ninguém se agrediu enquanto lá estive. E desta vez, não prefiro recair.
Enfim, tudo estava maravilhoso até eu perceber que estava sentado no banco do meu carro. Ué? Péra aí!! Tem alguma coisa de errado. Nunca tinha ido para a galeria de carro, coisa óbvia! Mas não desanimei, meti um Sabbath no Cacareco (meu carro) e seguimos nosso destino. Detalhe, quem me ensinou o caminho até a galeria foi meu amigo que mora na Bahia, nasceu em Belém do Pára e viveu em São Paulo uns anos.
Não foi difícil chegar, cidade vazia, excelente companhia e cigarros. Difícil foi ter que desembolsar vinte pilas por 3 horas de passeio. A nostalgia foi passando a cada passo. Lojas diferentes, novas tribos, novas marcas, novos bonecos (que absurdo!) e de repente... tudo ruiu, quando vi, que o meu boteco preferido, virou uma hamburgueria!!!!
A Galeria do Rock, para mim, era um ponto de encontro que honrava seu nome... ROCK. Decepcionei-me na hora, mas passou quando percebi que, o primeiro cd que adquiri naquele lugar, o meu grande sonho de consumo na época, Paranoid do Black Sabbath, estava o mesmo preço de um hamburguer do meu estimado antigo buteco, R$ 8,80. Na época em que comprei este cd, ele deveria custar o dobro e mais uns 3 contos. Logo pensei, "cacete Leo!!! você já envelheceu o suficiente para poder perceber que o sonho não morreu cara, ele virou hamburguer"... e sempre vai virar alguma coisa.
Por sinal, o hamburguer era bom mesmo, recomendo. Terceiro piso. E uma coisa que gostei de ver na Galeria também, o respeito entre os frequentadores, pelo menos ninguém se agrediu enquanto lá estive. E desta vez, não prefiro recair.
3 comentários:
Poizé... envelhecemos. Já envelhecemos, e continuamos. A Galeria tinha que fechar de vez. Aquilo sempre um antro de roubalheira. O Bomdeus criou o submarino, o Napster e o torrent pra mandar aquele bando de ladrão pra sarjeta.
Enquanto isso, a globo fica colocando personagem anacrônico na novelinha pra ver se dá alguma dignidade praquele lugar.
É mesmo... envelhecemos. No meu caso, já nasci velho, pois sempre odiei aquele lugar. Coisas de Laurinha...
A escada rolante estava funcionando? Essa também seria uma modificação significativa! hehe
Apesar de não ser assim tão velha [mas vejo que o tempo passou tambem pra mim...] eu vi a época da transformação e perda da real personalidade da galeria do rock.
Nos meus 16 em que o gótico mandava ,ouvia Tristania e Nightwish antigo e Marilyn Manson e via formas longíneas com rostos dramaticamente tristes, era o ápice da minha adolescencia. Ia toda semana pra galeria com minha amiga [que hoje não vejo mais]e cheia daqueles pensamentos jovens feministas e Ankhs pendurados nos pescoços.
Então eu vi cada loja ser demolida pra dar lugar à estilos surfistas, "pathy" e pior EMO!!! T_T
Com o tempo deixei de ir e desiludi de vez com a perda de sentido ao nome Galeria do Rock.
Nunca mais voltei, larguei de certa forma meu estilo gótico, mas guardo com carinho meus cd's e as lembranças daquela época que me diverti muito.
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