segunda-feira, 28 de abril de 2008

Conversa pra boi dormir - Aquecimento global I

Nesse final de semana vi um domcumentário muito bom sobre aquecimento global. O engraçado (ou triste) é que os caras iam desfilando "provas" do aquecimento global dizendo que a culpa era humana... e quanto mais andavam, quanto mais provas davam, mais eu ficava convencido de que aquilo só funcionaria para os desavisados. Mas como todo mundo entrou no pânico da situação, então todos acatam sem crítica a mensagem.
Pois bem. Resolvi então trazer alguns lugares bem sérios que mostram o outro lado - que pra mim é o que está com dados mais sólidos por enquanto - com dados desconcertantes sobre o caso. De fato, até pode estar havendo um aquecimento. Mas não parece ter a mão humana nisso. Parece mais é falta de dados mesmo. E a paleogeoquímica e a paleoclimatologia estão matando a pau.
Vejam esse link. Wiki... e que mostra alguns "tiros no pé".
Esse aqui é outra história. Ele direciona pra outros sites e pra artigos mais parrudos. Coisa de gente grande!!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Alguns do baú

Saí recolhendo textos escritos aqui e ali. Encontrei algumas boas. E vai um deles pra colocar alguma pimenta... vejamos se a coisa esquenta um pouco.

Circa 2005; a convite no blog de um amigo.

So What?

"Nunca é muito agradável submeter-se à insolência de homens de escritório, mas aos brasileiros, que são tão desprezíveis mentalmente quanto são miseráveis as suas pessoas, é quase intolerável! Contudo, a perspectiva de florestas selvagens zeladas por lindas aves, macacos e preguiças, lagos, roedores e oligatores fará um naturalista lamber o pó até da sola dos pés de um brasileiro”.

Mesmo por que "Não importa o tamanho das acusações que possam existir contra um homem de posses, é seguro que em pouco tempo ele estará livre. Todos aqui podem ser subornados”.
Charles Darwin (1834) por ocasião de sua passagem pelo Brasil.
Realmente, não é de se estranhar nada mesmo nessa merda de país. E, de fato, como já me disseram em outros tempos, nada mudou. Quer dizer que, na pior das hipóteses, tudo continua na mesma de sempre. E assim vamos indo.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pimenta no dos outros é refresco - parte II

Quando era conveniente diminuir a poluição, biocombustíveis entraram na moda. Quando até a comida deles começa a ficar (muito) mais cara, aí a coisa muda de figura. Mais uma ilustração bem didática de que o certo e o errado, o bom e o necessário, o adequado e o possível, quando envolvidos com dinheiro, política e poder, sempre estão ao sabor das conveniências. Resumindo: quem pode mais, chora menos. Até outro dia, biodiesel era a salvação da lavoura. Agora, parece ser a condenação... que ironia...

Relator da ONU diz que biocombustíveis são um crime contra a humanidade

BERLIM, 14 Abr 2008 (AFP) - A produção em massa de biocombustíveis representa um crime contra a humanidade por seu impacto nos preços mundiais dos alimentos, declarou nesta segunda-feira o relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, o suíço Jean Ziegler, em entrevista a uma rádio alemã.Os críticos dessa tecnologia argumentam que o uso de terras férteis para cultivos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas aos alimentos e contribui para o aumento dos preços dos mantimentos.
Ziegler pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que mude suas políticas sobre os subsídios agrícolas e deixe de apoiar apenas programas destinados à redução da dívida. Para ele, a agricultura também deve ser subsidiada em regiões onde se garanta a sobrevivência das populações locais.O ministro das Relações Exteriores alemão, Peer Steinbrueck, deu seu apoio ao apelo feito pelo FMI e o Banco Mundial neste fim de semana para responder à crise gerada pelo aumento de preços dos alimentos, que está gerando violência e instabilidade política em inúmeros países.(...)"Em um mundo em que vai ser necessário produzir mais e melhor para alimentar nove bilhões de habitantes, há necessidade dos esforços de todos e também da Europa", afirmou o ministro francês da Agricultura, Michel Barnier"

Como eles são bonzinhos... inclusive eles sabem que se faltar comida no terceiro, os pobres vão bater na porta deles pedindo ajuda. Note que a matéria não está em Ciência, mas em economia, hehe.

A matéria completa QUE VALE A PENA SER LIDA está no link

http://economia.uol.com.br/ultnot/afp/2008/04/14/ult35u59228.jhtm

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Imparcialidade

Nem vou comentar o assunto em si. Quero que se discuta o tom da reportagem. Se isso é imparcialidade, eu abandono de vez a imparcialidade que tento aprimorar e vou pro choque - por que assim não dá...

"Uso de animais vivos para ensinar divide professores

AFRA BALAZINA

DA REPORTAGEM LOCAL

O cão Jerry pode ser entubado, receber ressuscitação boca-focinho, tomar injeção e ganhar uma tala. Seu corpo também emite diversos tipos de som, da respiração e do coração, que podem ser ouvidos com a ajuda de um estetoscópio.
Mas esse cachorro não late, não abana o rabo nem sai pulando atrás do dono. Jerry é um manequim usado para substituir animais vivos em salas de aula e em treinamentos para futuros veterinários.
Ele veio ao Brasil na bagagem do inglês Nick Jukes, 41, coordenador da InterNiche (ONG que promove alternativas ao uso de animais na educação).
Até a próxima quinta-feira, acontece um encontro em universidades de São Paulo sobre o tema. Hoje e amanhã, o evento -que já passou pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e pela Faculdade de Medicina do ABC- estará na Unicamp (Universidade Estadual Paulista). Nos últimos dois dias, o encontro será na USP (Universidade de São Paulo).
O objetivo é difundir novas formas de ensinar -softwares de laboratório e de dissecção multimídias, simuladores de procedimentos cirúrgicos e manequins- que possam substituir bichos vivos sem que haja prejuízo ao aprendizado.
O uso de animais em pesquisas científicas não será abordado no encontro.

Tradição
Diferentes tipos de animais, como ratos, camundongos, coelhos e cachorros, são usados em aulas da área de biologia -para vivissecção- e no treinamento de futuros médicos e veterinários em cirurgias.
"As pessoas supõem que é bom aprender com animais vivos porque é a tradição. Mas pesquisas mostram que as alternativas são iguais ou até melhores para ensinar. Com os métodos substitutivos, você pode treinar repetidas vezes e, quando se sentir seguro, já pode praticar na clínica com pacientes reais", diz Nick Jukes.
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul eliminou em 2007 o uso de animais vivos para treinar estudantes.
Já na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, de acordo com a professora Júlia Matera, são usados apenas cadáveres de animais nas aulas de cirurgia. Entretanto, ela diz que nas aulas de farmacologia e fisiologia ainda se usam bichos vivos.
"Não há um consenso. Tem docente que acha que se o aluno não ver ao vivo e a cores não vai aprender", diz a professora, que implantou o uso de cadáveres há nove anos na cirurgia.
As opiniões também divergem entre os universitários (veja textos nesta página).
Ana Maria Guaraldo, presidente do Comitê de Ética na Experimentação Animal da Unicamp, diz que os alunos da universidade usam língua de boi para treinar sutura e bexiga para fazer o ponto de plástica. "O uso de cães zerou e houve grande redução no número de roedores", afirma.
Muitos professores, entretanto, acreditam que os métodos alternativos não suprem as necessidades de aprendizado.
O médico David Feder, professor da Faculdade de Medicina do ABC, considera que há limitações e teme que a formação do aluno fique aquém das necessidades da profissão.
"O ganho de experiência numa aula prática é maior porque você tem reações inesperadas e precisa interpretá-las", afirma.
A instituição em que leciona proibiu, no meio do ano passado, o uso de animal vivo nas aulas. A prática é liberada para "pesquisas inéditas, com relevância científica".
"Antes, os estudantes do 2º ano faziam pequenos procedimentos em roedores e, agora, infelizmente, o aluno fica assistindo a um filme com a demonstração", conta.
Outro problema que ele aponta é o alto custo das alternativas. "Um manequim complexo pode custar R$ 350 mil."
Os equipamentos, como o cão Jerry, muitas vezes são importados. Mas há empresas que os distribuem no país."

Está no link http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0704200801.htm

Pimenta no dos outros é refresco...

Há pouco tempo se comemorou a quebra da patente dos remédios contra HIV. Mas a comemoração de alguns foi a ira de outros, e o ceticismo de uns poucos. Eu estou nesse último grupo. Essa história de quebra de patente por motivos de saúde pública não vai dar certo. A indústria farmacêutica não é filantrópica e quer lucro sim. Se algum país quiser uma indústria farmacêutica para fins de saúde pública estratégicos para suas endemias, que faça investimentos adequados para tanto. O coquetel para HIV não é barato, é verdade. Mas desenvolvê-lo também não foi barato - aí vamos discutir o que é justo ou não cobrar por um remédio. Não é o ponto aqui.
Mas se eles achavam que a coisa ia passar batida, pois então que se cubram. Não passou, não vai passar, começou esquisito e vai terminar mal. Vejam só como são as coisas.

"OAB quer anular patente da rapadura por alemães

A Comissão de Relações Internacionais do Conselho Federal da OAB vai realizar gestões para tentar anular o registro da marca “rapadura” por uma empresa da Alemanha, a Rapunzel Naturkost AG.

A pedido da Seccional da OAB do Ceará, o presidente da comissão e ex-presidente nacional da entidade, Roberto Busato, vai contatar os órgãos americano e alemão que representam os advogados naqueles países para solicitar ajuda aos colegas em processos que a OAB já está movendo contra o patenteamento da rapadura pela empresa alemã. O registro foi feito órgãos oficiais na Alemanha, desde 1989, e nos Estados Unidos, desde 1996.

Roberto Busato se reuniu hoje com o presidente da OAB-CE, Hélio Leitão; com o conselheiro estadual e presidente da Comissão de Cultura daquela seccional, Ricardo Bacelar, e com a advogada Manoela Bacelar, que é membro da comissão cearense. Recebeu da comitiva um relato dos processos e pedidos de providências que a entidade deflagrou em 2006 —quando foi descoberto o registro da rapadura pelos alemães.

Pedidos e notificações para que intercedam pela anulação da patente foram endereçados ao Itamaraty, ao Ministério Público Federal e às embaixadas da Alemanha e dos Estados Unidos no Brasil. Mas todas as gestões foram infrutíferas até o momento.

“Assim sendo, ante a grave situação que arranha nossa soberania e os preceitos do direito, entendemos que a Ordem dos Advogados, no exercício de seu mister, deve atuar de forma mais contundente para elidir a conduta a empresa alemã”, sustenta documento entregue pela comitiva da OAB-CE ao presidente da Comissão de Relações Internacionais.

Os cearenses se empenham pela revogação da patente registrada pelos alemães, lembrando que a rapadura “é doce tipicamente nordestino, subproduto da cana de açúcar, produzido no Brasil desde os tempos do Império; o doce foi e é item de subsistência de milhares de famílias pobres do nordeste que o produzem de forma artesanal".

Ainda conforme a OAB-CE, o registro ilegal da marca rapadura no United States Patent and Trademark, dos Estados Unidos, e a Patent und Markenamt, da Alemanha, ofende o Acordo TRIP’s, a Convenção de Paris e demais tratados internacionais que regulam a propriedade intelectual.

Segunda-feira, 7 de abril de 2008"

Está no link http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/49511.shtml

Site de gente séria. Mas que tá esperneando... e vai espernear muito mais. A conferir.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Se tivessem consultado um farmacêutico...

Eu ando meio puto com médicos. Nunca gostei deles. Mas tolerava. Agora a coisa tá ficando perigosa. Essa matéria é tipicamente a incompetência médica dando seus frutos. Se tivessem consultado os farmacêuticos, nada disso teria acontecido... ou estaria bem menos pior - já que o problema de resistência bacteriana é mundial. Mas...

"Bactéria resistente a antibióticos ameaça pacientes em hospitais de Porto Alegre

Uma bactéria resistente a antibióticos voltou a ameaçar pacientes em hospitais de Porto Alegre. Estima-se que 400 pessoas já tenham sido contaminadas pela bactéria Acinetobacter sp desde julho do ano passado.A bactéria provocou a interdição da UTI de trauma do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre, há uma semana. Uma das alas do setor de emergência do Conceição, o maior hospital público do RS, também foi desocupada e passa por desinfecção. Dezesseis pacientes da UTI da área de isolamento estão contaminados. A associação dos servidores diz que, desde novembro do ano passado, 27 pessoas que passaram pelo hospital haviam contraído a bactéria.Representantes da Secretaria Municipal de Saúde afirmam que o microorganismo sozinho não causa mortes, mas pode agravar o estado de pacientes com baixa imunidade. Dos 26 hospitais de Porto Alegre, 15 já tiveram contaminação da bactéria."

Está na íntegra no link http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/04/04/ult4477u473.jhtm