Será assunto essa semana: o terremoto na Itália.
Sem dúvida é, como muitos eventos naturais, de dificílima preditibilidade, justamente pela complexidade do processo e pelos erros inerentes aos métodos de predição. Facilitando a linguagem, vejam a meteorologia com tempestades e furacões; a geofísica com vulcões e terremotos. Os dois primeiros podem ser detectados no máximo com algumas horas de antecedência; os dois seguintes, nem sei com quanto tempo - e qual a margem de erro para essas previsões.
Pois vejam a matéria aqui, onde um técnico vinha notando modificações em algumas de suas medições que eram consistentes com o evento que acabou se consumando essa noite. Foi uma intuição? Ou apenas os dados eram pouco claros e assim, não carecia de alarde? Quanto disso é uma percepção subjetiva, quanto é paranóia, e quanto é a percepção apropriada e prudente de um evento de difícil predição?
Lembrem-se, somos cientistas. Qual o custo da prudência excessiva? Qual o custo de margens de erro mal-avaliadas? Qual o custo da negligência?
Os resultados são até agora, além da destruição inevitável de imóveis, 92 mortes evitáveis.
Sem dúvida é, como muitos eventos naturais, de dificílima preditibilidade, justamente pela complexidade do processo e pelos erros inerentes aos métodos de predição. Facilitando a linguagem, vejam a meteorologia com tempestades e furacões; a geofísica com vulcões e terremotos. Os dois primeiros podem ser detectados no máximo com algumas horas de antecedência; os dois seguintes, nem sei com quanto tempo - e qual a margem de erro para essas previsões.
Pois vejam a matéria aqui, onde um técnico vinha notando modificações em algumas de suas medições que eram consistentes com o evento que acabou se consumando essa noite. Foi uma intuição? Ou apenas os dados eram pouco claros e assim, não carecia de alarde? Quanto disso é uma percepção subjetiva, quanto é paranóia, e quanto é a percepção apropriada e prudente de um evento de difícil predição?
Lembrem-se, somos cientistas. Qual o custo da prudência excessiva? Qual o custo de margens de erro mal-avaliadas? Qual o custo da negligência?
Os resultados são até agora, além da destruição inevitável de imóveis, 92 mortes evitáveis.
5 comentários:
Matéria da Folha Online de 06/04/09:
"Especialistas contestam previsão de cientista sobre terremoto na Itália"
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u546665.shtml
Agora, onde está o tal cientista?
Alguém viu a cara dele por aí?
PS: Já são 207 mortes!
"Mas especialistas alertam que é impossível prever um terremoto já que não há método garantido ou mesmo consenso na comunidade científica sobre os parâmetros a serem usados. "No momento, não é possível prever um terremoto, não é possível dizer exatamente onde, quando e qual sua magnitude", afirmou à Folha Online, por telefone, de Roma, Warner Marzocchia, cientista-chefe do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) da Itália e coordenador do Estudo Cooperativo de Previsibilidade de Terremotos, instituto que atua em dezenas de países."
Sa matéria que vc pescou. E absolutamente dentro daquilo que eu havia escrito. E mantenho as perguntas: quanto os dados podem nos dizer algo efetivamente e quanto pode ser paranóia nossa?
Pois é...
" É impossível prever terremoto" e não foi qualquer um que disse isso.
Até que os tais dados do cientista sejam divulgados e MUITO bem analisados, não saberemos quanto disso (circular com alto-falante pela cidade) é prudência e o quanto é paranóia.
Mas... tenho cá pra mim que não é muito difícil ter um desses surtos heróicos, "a la Hollywood", depois que as coisas acontecem e aproveitar o ensejo pra se fazer conhecido.
Essa história já vi em muito filme: o mocinho (que é um cientista revolucionário e incompreendido) e a catástrofe que ele havia previsto...
Conhecemos bem a história do cientista que não foi ouvido e previu a catástrofe anos antes. Chama-se síndrome de Nostradamus.
Mas acho que no caso o sujeito percebeu um dado, inconclusivo, e até onde sei, não dá pra bater o martelo. Mas tb sei que os caras do Japão conhecem bem o terreno deles e conseguem algumas vezes prever. Os japoneses são videntes?
Aliás, ficaram sabendo que NENHUM castelo medieval das montanhas foi abalado? Acaso? Algum "conhecimento perdido dos antigos?". Mas é fato...
Feitiçaria...
E bons alicerces.
PS: Mas as igrejinhas não resistiram...
PS2: Os japonenes?... não ficam esperando a providência divina.
PS3: E aí 1º ano? Não vão se manifestar?
Heheh... Eu já passei na matéria!
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