terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tempos estranhos

Tempos estranhos. Não tenho outra forma de ver as coisas. Eleições sempre são um período horrendo em que algumas ditas "ideologias" afloram com um pouco mais de intensidade. Tudo uma droga. Como a maior parte das coisas no Brasil, meramente conveniências. Dentre Dilmas e Tiriricas, é tudo farinha do mesmo saco inequivocamente!

Junto com isso, uma prova heavy-metal de Biomol pra amanhã, com prognóstico funesto, e um monte de outras coisas represadas por conta desse abacaxi-monstro pra descascar, acabo saindo de órbita. Ossos do ofício. Menos mal que meu principal ofício se mantém com bom tônus, mesmo em meio a alguma dispersividade causada por motivos de força maior.

Por conta das estranhezas, um texto pra não deixar a coisa morrer por aqui - como se estivesse muito animada. Não gosto muito do autor, mas de vez em quando ele dá uma bola dentro. Pode ser lido nesse link aqui. Nada digno de nota, mas apenas pra pontuar um pouco da minha indignação em tempos eleitorais. 

Espero voltar em breve com algo mais interessante.

PS: Em tempo, acabei vendo um outro artigo que vai por um caminho interessante, e de alguma forma complementa o anterior. Vem de outra fonte que eu acho um pouco mais interessante. Está nesse link aqui, e também vale seu tempo.

12 comentários:

V. disse...

Questão de ordem por 2 motivos:
1°- As pessoas, de certo modo, estão fartas de ouvir o mesmo discurso e a prova disso é uma quase admiração dos jovens pelo candidado Plínio e seus ideais velhos mas rebeldes.
2°- Os textos me pareceram não apenas criticar a morbidade política, como tambem idealizar o neoliberalismo.
Penso na questão em aberto da seguinte maneira: há uma falta de ideologia, e ao que parece o que antes poderia ser bom agora é o capeta.
Diria mais: que não existe mais o melhor lado, e sim o menos pior.
Talves o neoliberalismo seja bom? Não sei, pelo que vimos os EUA quebraram com o neoliberalismo economico e hoje se reerguem com intervenções do governo...
Mas existe o outro lado, vejamos a França e sua guerra previdenciária, toda culpa do estado regulador e assistencialista em excesso.
O ouroboros brasileiro se deve em parte ao falso patriotismo e sensação de mãos atadas(recebi de um lado mas perdi do outro).
Sinceramente me recuso a ouvir e votar, pelo meu poder de escolha ser limitado às coligações de deus e o mundo e seus discursos vazios.
Alem do mais o que somos frente a maioria estarrecida no Brasil? http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/portal-social/19,0,3032762,Analfabetismo-atinge-9-7-da-populacao-brasileira-aponta-IBGE.html
Como sabiamente meu pai diz: o pobre não pensa no amanha, e sim no hoje que ele come.
Serão as ideologias que salvarão o vazio de assunto? Ou o fato das pessoas se preocuparem mais com seu futuro? E se pensarmos o vazio não está na politica e sim no espirito brasileiro de hoje. ¬¬

Anônimo disse...

Uau!
O que mais me desestimula nisso tudo é que chegamos a um tal nível de deboche que vamos eleger slogans do tipo "pior que tá não fica", eleger a quitanda inteira em candidatos... Teremos um circo, LITERALMENTE, de eleitos por nós (com direito a palhaço, mágico, malabarista...).

Vamos involuir à Roma Antiga? Ou será uma eterna repetição desde então?

O circo já temos, só vai faltar o pão!

montagna disse...

O pão já está sendo distribuído. Chama-se Bolsa Família.

Natália disse...

A política no Brasil de hoje desestimula qualquer um. O horário eleitoral me faz rir, para não chorar.Mas é preciso olhar os dois lados. Atribui-se toda essa 'vergonha política' aos políticos, mas os eleitores também não estão muito atrás. Conheço algumas pessoas que gostam dessa situação, de receber o pão, no caso, o Bolsa Família, como disse o Montagna, a reverter sua situação econômica e social com trabalho. Ou seja, neste país há um comodismo grande da população, e os políticos sabem disso e exploram da melhor forma possível, para eles.
No final de tudo, tentar alguma mudança é muito difícil. Infelizmente.

farmacéptica disse...

Bolsa Família... poizé...

Bem, não vendo nenhuma melhoria a caminho...Só fazendo piada mesmo:

Vote Farmacéptica, pelos frascos e comprimidos!!!

V. disse...

Diga-se de passagem que o bolsa familia ficou famoso no exterior por promover a distribuição de renda e diminuir a fome.
Eu penso que é a distribuição da desgraça alheia em favor de votos.
E o pior é uma distribuição do ruim para o pior, nem a classe rica participa.
Como meu pai já dizia: Pobre não pensa no amanha, mas no hoje em que come.
Não acho que sejam só os cadidados ruim, mas um eleitor sem vontade politica. Não dá pra votar ou querer mudar com esses parametros, vejamos:http: //ultimosegundo.ig.com.br/educacao/analfabetismo+cai+pouco+e+atinge+97+da+populacao/n1237770936261.html
Já está pior a mais tempo que pensavamos, e nem precisa de um tiririca da vida pra mostrar isso.

V. disse...

PS.: Alias, sabia que ele pode ter sua eleição impugnada? Adivinhe o motivo...
http://www.diariodecanoas.com.br/eleicoes2010/noticia,canal-8,ed-60,ct-192,cd-284066,manchete-true,PROMOTORIA+QUER+QUE+TIRIRICA+COMPROVE+QUE+SABE+LER+E+ESCREVER.htm
Melhor que isso, veja o motivo: http://www.youtube.com/watch?v=NakS8zrf6dY&feature=player_embedded
E pensar que ele ainda é maioria... ¬¬

GaArini disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
GaArini disse...

Fala galera! Perdoem o sumiço e, principalmente, pegar o bonde andando!
Bom, com relação a atual situação política do Brasil, partilho dos mesmos sentimentos que vocês, ao ponto de não apenas mostrarem palhaços, mas também nos rotularem assim. Como diz um amigo: " Isso não passa de um reflexo da 'idiotização' das pessoas", e assim concordo, tendo em vista que essa atual situação inerte das massas, de maneira geral, com supapo na cara que nos dão todos os dias às 20 horas com tamanho circo armado. Os artigos em si, mostram uma realidade a qual se mostra forte mais uma vez: parece que estamos vivendo em uma "República Oligarquica", onde são feitos contratos na base da camaradagem, famílias se perpetuam como verdadeiras forças no poder e cada vez mais a população se mostra com um cabresto enorme nos olhos, porém com uma diferença: o cabresto está sendo uma questão de escolha! Concluo o post com a seguinte pergunta: até quando seremos aqueles, como o próprio texto cita, que apenas reclamam e tentam expressar sua vontade um pouco além do voto? Tentando, ao menos zelar por uma conduta de educação que faça com que essas pessoas vejam o cotidiano em que vivem de uma forma menos passiva?

V. disse...

Talvez só assumiremos a redea da situação quando voltarmos ao tempo dos caras pintadas. Ou seja, com o apoio da mídia.
O movimento só deu reparte com a novela Anos Rebeldes, senão realmente acha o povo iria às ruas?
Somos passivos por natureza até alguem dizer que é legal se rebelar e seguimos a modinha.
Estamos no caminho errado parecemos velhos chatos resmungando que antes era melhor...
Precisamos ser "cool"(eca! XP), pra colocar algo na cabeça dessa juventude vazia.

montagna disse...

Caras pintadas foi conversa pra boi dormir. E caem nela até hoje...

E, no geral, todo mundo responde a um único estímulo: grana. Quero ver quem vai se rebelar contra alguma coisa no sentido de perder dinheiro.

Relaxem. A coisa vai continuar como está. E se pisarem no calo de quem manda de verdade (os donos da grana), aí a gente vê pra que lado o vento sopra. No grosso, vamos continuar na mesma maré.

V. disse...

Sinceramente pode até ser que dinheiro seja um motivo grande o bastante pra se rebelar (o confisco das poupanças), mas se não houvesse algo pra atiçar a chama (a mídia a favor + juventude empenhada)quem sabe se não seria mais uma repetição dos grandiosos esquemas de corrupção que foram deixados de lado pelas pessoas.
E o mais triste é que não houve manifestações populares contra o plenario e sua votação para validar ou não a lei da ficha limpa.
De que adiantam motivos sem vontade publica?
E quem manda não se rebela, suborna. Mas realmente vai continuar tudo como está, por que não vejo futuro nenhum na geração de hoje.